4 de Janeiro - Dia Mundial do Braille

27-01-2011 23:20

 

Louis Braille

Louis Braille nasceu numa pequena aldeia francesa, no dia 4 de Janeiro de 1809. O pai, era correeiro. Aos três anos quando o menino brincava na oficina do pai, teve um acidente que lhe feriu uma vista. Passado algum tempo contagiou-lhe a outra vista e ficou completamente cego.

 Com o apoio dos seus pais e de uma bengalinha, ia à escola, onde se revelou muito inteligente, surpreendendo os professores. Aos sete anos conseguiu entrar numa escola para cegos, que tinha como dono Haüy, que era defensor de que tudo depende dos sentidos e por isso adaptou o alfabeto vulgar, traçando-o em relevo, para facilitar a vida dos alunos cegos.

Também nessa altura, Charles Barbier de la Serre, um capitão de artilharia, aperfeiçoara o código de pontos, que servia para ler com os dedos, usado para decifrar os segredos das mensagens militares e diplomáticas, ao qual chamou “escrita nocturna” ou “sonografia”.

 Teresa von Paradise, concertista cega ensinou Louis Braille a tocar vários instrumentos musicais.

Após a morte dos seus pais e do seu amigo Haüy a escola transformou-se na sua casa. Ali passava muito tempo e aceitaram-no como professor.

Braille frequentava salões da época onde conheceu Alphonse Thibaud, conselheiro comercial do governo francês. Este perguntou-lhe porque não criava um método com o qual os cegos conseguissem ler e escrever.Esta pergunta ainda o fez empenhar-se mais  e assim, passados três anos, o jovem Braille concluiu o código com pontos em relevo representados por letras.

Em 1829 foi publicada a primeira edição do livro para cegos e, em 1839 saiu a segunda edição. O sistema é constituído por seis pontos em duas filas verticais, no total de 63 sinais. Este é o modo de leitura para cegos em todo o mundo.

Braille, com vinte anos, começou a ser procurado pelos alunos da escola que lhe pediam lições sobre o novo sistema. O governo agradeceu-lhe por ter contribuído para o desenvolvimento da Ciência.

A 6 de Janeiro de 1852 Braille morreu. Só dois anos depois da sua morte o sistema foi reconhecido em França, após a sua amiga Teresa o exibir na exposição em Paris. Ao piano, pôde mostrar ao mundo como é que um cego pode aprender a ler e escrever.                 

                                                                                       Ana

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