Notícias da BECRE - Agrupamento de Escolas de Porto de Mós
Escola Secundária: Exposição "Ler + verde"
Na Semana da Leitura, a biblioteca apresentou uma exposição enquadrada no tema da Floresta proposto pelo Plano Nacional de Leitura. Numa iniciativa tripartida entre a biblioteca, os professores de Ciências Naturais e de Educação Visual e os respectivos alunos das turmas do 8ºano, partiu-se de um dos temas sugeridos no âmbito da Semana da Leitura 2011 para realizar um trabalho de pesquisa sobre as formas de vida animais e vegetais existentes no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, que foram depois ilustradas através de cartazes e de desenhos à vista. Uma pequena mostra dos trabalhos realizados pelos alunos foi apresentada no espaço de exposições da biblioteca (na parede da casa que lá está reproduzida) e no espaço onde decorreu a Feira do Livro.
A floresta, bem como a energia, foram os dois temas sugeridos a nível nacional para as atividades da Semana da Leitura 2011 enquadrando-se nas iniciativas do Ano Internacional das Florestas e do Ano Internacional da Química.
Escola Secundária: Feira do Livro e prémios
Entre 22 e 25 de Março, no âmbito da Semana da leitura, a BECRE, em colaboração com o Departamento de Português e a Livraria Americana de Leiria, promoveu a Feira do Livro. Assim, a comunidade escolar pode beneficiar, durante alguns dias, de uma larga oferta de livros a preços mais acessíveis. Este ano, o espaço da Feira apresentava trabalhos produzidos por alunos do 8º ano sobre as formas de vida animais e vegetais existentes no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, numa iniciativa conjunta da biblioteca e dos professores de Ciências Naturais e de Educação Visual, no âmbito do tema da floresta proposto pelo Plano Nacional de Leitura para este período.
O dia 24 de Março foi também o escolhido para a entrega de prémios e brindes relativos a algumas actividades dinamizadas pela BECRE neste ano lectivo. Em primeiro lugar, foram homenageados os melhores leitores da biblioteca, no 3º Ciclo e no Ensino Secundário, relativos ao primeiro período, que puderam escolher um livro a seu gosto mantendo assim viva a sua paixão pela leitura.
De seguida, e no âmbito do Concurso Nacional de Leitura, foram entregues aos participantes da fase de escola uma pasta, especialmente concebida para o efeito, que incluía um diploma de participação, fotografias e as provas realizadas. Aos seis finalistas, três de cada ciclo de ensino, foi também dada a possibilidade de escolher um livro a seu gosto.
A equipa da BECRE felicita de novo os alunos premiados e agradece a todos a participação empenhada nas actividades referidas.
Sessão de partilha de leituras
No dia 23 de Março, realizou-se, na biblioteca da Escola Secundária, uma sessão de partilha de leituras que juntou cerca de meia centena de alunos, familiares e professores. Tal como em anos anteriores, foi endereçado um convite individual a todos os pais e encarregados de educação da escola para que comparecessem com os seus educandos, não sem antes terem seleccionado um ou vários poemas ou textos literários relacionados com a temática da Natureza, o tema escolhido para este ano, com base nas sugestões do Plano Nacional de Leitura para a Semana da Leitura 2011 (a floresta e a energia).
Para além das leituras e das declamações, houve ainda apresentações multimédia, dança e canto. O serão findou-se, pela noite dentro, com momentos de convívio à volta da mesa. Apresentamos aqui um vídeo que retrata alguns dos momentos vividos bem como dos conteúdos apresentados.
Professor Carlos Oliveira
Dia do Pai
No passado dia 19 de Março, comemorou-se o DIA DO PAI. Este é dedicado a todos os pais e vivido, com mais intensidade pelas crianças, desde o Infantário até ao final do 1º ciclo, pois, aí, desenvolvem algumas actividades relacionadas com este dia.
Chama-se Dia do Pai ou Dia de S. José porque José foi uma pessoa muito simples e bom homem. Como marido de Maria, mãe de Jesus, aceitou ser pai do Filho de Deus e ficar ao lado da sua mulher para tudo o que ela precisasse. Acompanhou o crescimento de Jesus ensinando-lhe a sua profissão, a de carpinteiro, ao mesmo tempo que lhe transmitia os valores da cultura judaica. E um modelo que todos os pais devem seguir.
Não se sabe concretamente a data do seu nascimento e da sua morte, mas como o papa Gregório XV (em 1621) consagrou o dia 19 de Março para celebrar a morte de S. José, este dia passou a ser dedicado a todos os pais do mundo e mais concretamente ao pai de Jesus (S. José).
Ana Carolina - 7º D
Carnaval
Festa
O Carnaval é uma celebração que se costuma realizar entre Fevereiro e Março. Em geral, o carnaval tem a duração de três dias.
O carnaval moderno é produto do século XIX. O Rio de Janeiro é a cidade mais carnavalesca do mundo, seguindo-se Nice, Nova Orleans, Toronto…
No Rio de Janeiro, o Carnaval de cada ano começa a preparar-se no ano anterior. Tudo tem de ser preparado ao pormenor, pois nada nem ninguém pode falhar. É festejado por escolas de samba. Milhares de pessoas viajam até ao Brasil, para ver esta festa tão louca e colorida.
Origem
A palavra "Carnaval" está relacionada com a ideia do sabor da carne marcado pela expressão "carnis valles" (que em grego significa prazeres da carne) que, acabou por formar a palavra "Carnaval".
O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia e bebia.
O Carnaval prolongava-se por sete dias nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de Dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período e os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que quisessem. As pessoas trocavam presentes e um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas.
No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporavam os bailes de máscaras, com fantasias e os carros alegóricos (veículo enfeitado com figuras ou símbolos que são usados em desfiles de Carnaval).
O Carnaval celebra-se sempre à terça-feira, dia que antecede a entrada na Quaresma (quarta-feira de cinzas).
Carolina Correia
Primavera
A Primavera é a estação do ano que sucede ao Inverno e precede o Verão. Está sobretudo ligada ao aparecimento das flores e da vegetação.
A Primavera, do hemisfério Norte, é chamada "Primavera Boreal", e a do hemisfério Sul é a "Primavera Austral".
A "Primavera Boreal" começa a 20 de Março e acaba a 21 de Junho. A "Primavera Austral" tem o seu início a 23 de Setembro e acaba a 21 de Dezembro.
Diz-se que no dia do equinócio o dia e a noite duram o mesmo tempo. Com o passar do tempo, o dia vai–se tornando maior e as noites vão diminuindo um pouco, aumentando, assim, a iluminação do hemisfério correspondente.
Estas divisões das estações por equinócios e solstícios poderão ser uma fonte de enganos, pelo que se deve ter também em conta a influência dos oceanos na temperatura média das estações. Na Primavera do hemisfério sul, os oceanos ainda estão frios e vão aos poucos aquecendo, fazendo com que haja temperaturas agradáveis ao longo desta estação.
Ana Rita
A Primavera na nossa poesia..
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura
Sophia de Mello Breyner
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz,
Foi para assim cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que saiba perder…
Para me encontrar…
Florbela Espanca, in "Charneca em flor: sonetos"
Depois do Inverno, morte figurada,
A Primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.
Olhos postos na terra, tu virás
no ritmo da própria Primavera,
e como as flores e os animais
abrirás as mãos de quem te espera.
Já se afastou de nós o Inverno agreste
Envolto nos seus húmidos vapores,
A fértil Primavera, a mãe das flores
O prado ameno de boninas veste.
Varrendo os ares o subtil Nordeste,
Os torna azuis: as aves de mil cores
Adejam entre Zéfiros e Amores,
E toma o fresco Tejo a cor celeste.
Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza,
Destas copadas árvores o abrigo.
Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quando me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza!
Poema "Convite a Marília" de Manuel Maria Barbosa du Bocage, in Sonetos
Quando tornar a vir a Primavera
Talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
É uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
Alberto Caeiro in "Quando Vier a Primavera"
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
Sophia de Mello Breyner Andresen "Dia do Mar"
Andorinha de asa negra aonde vais?
que andas a voar tão alta
Leva-me ao céu contigo, vá
Qu'eu lá de cima digo adeus ao meu amor
Ó andorinha
da Primavera
Ai quem me dera também voar
Que bom que era
Ó andorinha
na Primavera
também voar
Pedro Ayres de Magalhães
Está-se a Primavera trasladando
em vossa vista deleitosa e honesta;
nas lindas faces, olhos, boca e testa,
boninas, lírios, rosas debuxando.
De sorte, vosso gesto matizando,
natura quanto pode manifesta
que o monte, o campo, o rio e a floresta
se estão de vós, Senhora, namorando.
Se agora não quereis que quem vos ama
possa colher o fruto destas flores,
perderão toda a graça vossos olhos.
Porque pouco aproveita, linda Dama,
que semeasse Amor em vós amores,
se vossa condição produz abrolhos.
Luiz Vaz de Camões
"OS DESCOBRIMENTOS - EXPOSIÇÃO"
No final da segunda semana de Fevereiro foi possível observar, em frente à Biblioteca Escolar, uma exposição alusiva aos "Descobrimentos", tema leccionado na disciplina de História.
Eram seis as opções de trabalho, todas elas intimamente relacionadas com as navegações marítimas e os contactos existentes durante os Descobrimentos: vida a bordo; encontro de povos: portugueses e africanos/indianos/chineses/japoneses; quanto aos trabalhos em três dimensões poder-se-ia construir um modelo da caravela ou nau; realizar um trabalho que abordasse as novas rotas portuguesas e castelhanos ou, ainda, sobre os novos produtos que se comerciavam.
O resultado? Uma excelente exposição apelante ao período dos séculos XV e XVI, que promoveu o desenvolvimento e a aglutinação de diversas culturas, a descoberta de sensações nunca antes sentidas, a admiração perante sítios nunca antes pisados! Todavia, o preço foi elevado: rebentaram guerras, confirmaram-se derrotas, cancelaram-se tratados, serviu-se da escravidão e da morte para chegar ao ouro, à ostentação. Mas foram com esses erros que o nosso povo evoluiu, que se fundou a cultura que hoje vimos. Orgulhamo-nos, pois, das conquistas que ressalvam nas barras cronológicas, e orgulhamo-nos ainda mais da forma como os erros, gradualmente, foram sendo corrigidos.
Através destes trabalhos, os alunos puderam mostrar ao público escolar a forma como se organizava a vida nas caravelas/naus, em viagens que se prolongavam durante meses, meses de esforço e sem paragens; a forma como se traçaram as rotas que sustentavam o comércio a nível mundial, como a cultura portuguesa de então se difundiu e aceitou outras formas diferentes de pensar!
Porque nós somos o resultado do que se começou a construir há muitos séculos atrás!
Diana Venda
8ºD Nº10
visita de estudo à coelho da Silva
No passado dia 25 de Fevereiro os alunos da turma do 10º do Curso profissional de Técnico de Gestão e os alunos do 2ºano do CEF de Empregado Comercial fizeram uma visita de estudo à fábrica de telha cerâmica – CS , Coelho da Silva - que é: líder na produção de telhas; líder na produção de acessórios; líder em qualidade, dispõe da tecnologia de produção mais avançada do sector e tem uma produção anual superior a 48 milhões de peças.
Foi uma tarde de aprendizagem fora da escola onde ficámos a conhecer a forma como esta empresa consegue, em tempos de crise económica como a que se vive no país, esgotar toda a sua produção. Descobrimos as várias fases do processo de fabrico das telhas e constatámos o grau de automatização da empresa Coelho da Silva.
Aprender assim é mais agradável do que nas aulas. Foi muito bom.
Agradecemos à empresa Coelho da Silva a oportunidade que nos deu de enriquecermos os nossos conhecimentos sobre a organização e gestão de uma empresa.
Alunos do CEF - Empregado Comercial - 2010 /2011 ( Turma 9º- 2A )
Aqui há talento ! É uma aluna do 8ºano que faz esta análise ao poema... Parabéns !
LÍRIO ROXO
Viajei por toda a terra
Desde o norte até ao sul;
Em toda a parte do mundo
Vi mar verde e céu azul
Em toda a parte vi flores
Romperem do pó do chão,
Universais, como as dores
Do mundo
Que em toda a parte se dão.
Vi sempre estrelas serenas
E as ondas morrendo em espuma.
Todo o Sol um Sol apenas,
E a Lua sempre só uma.
Diferente de quanto existe
só a dor que me reparte.
Enquanto em mim morro triste,
Nasço alegre em toda a parte.
António Gedeão, Poesia Completa
Texto Narrativo/Literário - "Lírio Roxo"
Como um simples lírio roxo pode desencadear uma complexa tarefa - a de o compreender, contemplar, interpretar. Se, por um lado, podemos dizer que provém de uma Natureza bela, sofisticada e encantadora, divina por si só, também podemos contradizê-lo ao dizer que provém de uma Natureza morta, sem luz, entristecida como só.
Contudo, a Natureza desenvolveu-se assim, sujeita a vários entendimentos que variam conforme o estado de espírito e a consciência momentânea de cada um, numa determinada altura da vida. Como diz no poema anterior " e as ondas morrendo em espuma", quem garante que, de facto, estejam a morrer? Não poderão, pelo contrário, voltar a rejuvenescer na espuma branca e pura, que delimita o mar, acolhendo-o no seu berço?
As constantes da vida podem não ser, somente, constantes: é certo que a brisa é igual em toda a parte, mas isso não desvaloriza o seu encanto: é refrescante, melodiosa, portadora de um sentimento desigual. Sentada num banco de jardim, a envolver-me na brisa, vejo o rosto de quem gosto, oiço a sua voz distante mas nítida - porque a brisa é uma portadora de memórias.
Como são semelhantes as árvores: castanhas no tronco e verdes na copa. Sempre imponentes, erguidas. Fortes; nunca desistem, nunca param de combater a brisa que por vezes se transforma em vento tenebroso. E como o balançar das suas folhas faz lembrar a liberdade, a leveza, a serenidade… E não serão, porém, mais bonitas ainda quando nuas, completamente desfolhadas de copas que as escondam dos olhares intrometidos de outrem? Não haverá também beleza num corpo que, embora nu e solitário, continue insistentemente a rumar contra forças opostas e desleais?
E as estrelas, eternamente cintilantes e, para o autor, serenas, por isso confiantes. Apesar de em todo o Mundo continuarem a ser as mesmas estrelas, bonitas e bailantes, não permanecerão lindas como nunca o foram? Como quando olhamos para elas e vimos o reflexo perfeito de quem gostamos.
Sim, e de quem gostamos? Essas pessoas não serão iguais, em toda a parte, em todo o Mundo? Sim, serão, e por isso erguerão a mais bela e duradoura beleza: a interior. A beleza que se encontra no coração, nas eternas profundidades deste, também a oscilar na superfície. Uma beleza permanente, constante, e por isso não efémera.
O Mundo é assim, por vezes igual, sem mudanças. Porém, essas aparentes ausências de movimento não significarão a falta de encantamento, de frescura, de vida. Porque a vida também é, por si só, uma antítese: é completamente oposta, como a Natureza, como tudo o que foi criado, aliás. Contudo, é uma antítese especial, eternamente incompleta, sempre a viver acrescentos, melhorias, a tornar-se desigual.
Talvez sejam os sentimentos aqueles que nunca sejam constantes, iguais por completo, como diz António Gedeão.
No meio de um Mundo enorme, desprovido de simplicidade, provavelmente é na enorme complexidade dos meus sentimentos que residem as maiores mudanças, as diferenças, os eternos porquês.
Diana Venda - 8ºD - nº10
Biografia da Maria do Rosário Pedreira
Maria do Rosário Pedreira, escritora portuguesa, nasceu em 1959, em Lisboa. Fez os estudos superiores na Universidade Clássica de Lisboa, onde se licenciou, em 1981, em Línguas e Literaturas Modernas, variante Francês/Inglês. Fez também um curso de Língua e Cultura do Instituto de Cultura, em Portugal.
Como bolseira do governo italiano, esteve em Perugia a frequentar um curso na Universidade e foi aluna do Goethe Institut.
Foi professora do Ensino Básico, fez algumas traduções e proferiu algumas conferências.
Apaixonada pela actividade editorial, coordenou os serviços da Editora de Gradiva.
Iniciou a carreira literária em 1996, escrevendo o seu primeiro livro de poesia A Casa e o Cheiro dos Livros.
Seis anos mais tarde, e após a edição de vários títulos em prosa, nomeadamente, Alguns Homens, Duas Mulheres e Eu (romance) e outros de literatura infantil, publicou um novo livro de poemas O Canto do Vento nos Ciprestes, cujo merecimento da crítica a vai incluir entre os novos poetas.
Para os jovens fez duas magníficas colecções juvenis – Detective Maravilhas e O Clube das Chaves. Esta última, em parceria com Maria Teresa M. González, adaptada à televisão.
Está planeada, para o próximo mês de Maio, a presença na Secundária desta escritora. Ocorrerá, então, uma conferência dirigida aos alunos.
Ana Rita
Antigamente o dia de S. Valentim considerava-se “Dia Obscuro”.
O Imperador romano Cláudio II tinha proibido a realização de casamentos durante as guerras, porque acreditava que os solteiros eram melhores combatentes que os casados.
Um bispo antigo que se chamava Valentim não concordava com estas ordens do Imperador. Então, casou-se secretamente. Mais tarde, ficou descoberto o feito. Valentim foi preso e condenado à morte.
Na prisão, Valentim via muitos jovens mandar cartas e flores a dizerem que ainda acreditavam no AMOR.
Enquanto esperava a sentença, Valentim, apesar de casado, apaixonou-se por uma jovem cega que, mais tarde, milagrosamente, voltou a ver. Quando partiu mandou-lhe um bilhete que dizia “De Valentim”.
Este bispo foi assassinado no dia 14 de Fevereiro e daí a comemoração do Dia dos namorados nesta data.
O Dia de S. Valentim, é data em que se celebra a união amorosa dos casais.
Esta data celebra-se dia 14 de Fevereiro e normalmente oferece-se às pessoas de quem gostamos, um cartão ou presentes. Agora também se levam as pessoas a jantar fora, num clima de romance.
Na Secundária circulou o “Correio Amoroso”. Muitos ficaram felizes, outros terão de esperar para o próximo ano.
Carolina e Ana Carolina
2º PERÍODO
4 de Janeiro - Dia Mundial do Braille
Louis Braille
Louis Braille nasceu numa pequena aldeia francesa, no dia 4 de Janeiro de 1809. O pai, era correeiro. Aos três anos quando o menino brincava na oficina do pai, teve um acidente que lhe feriu uma vista. Passado algum tempo contagiou-lhe a outra vista e ficou completamente cego.
Com o apoio dos seus pais e de uma bengalinha, ia à escola, onde se revelou muito inteligente, surpreendendo os professores. Aos sete anos conseguiu entrar numa escola para cegos, que tinha como dono Haüy, que era defensor de que tudo depende dos sentidos e por isso adaptou o alfabeto vulgar, traçando-o em relevo, para facilitar a vida dos alunos cegos.
Também nessa altura, Charles Barbier de la Serre, um capitão de artilharia, aperfeiçoara o código de pontos, que servia para ler com os dedos, usado para decifrar os segredos das mensagens militares e diplomáticas, ao qual chamou “escrita nocturna” ou “sonografia”.
Teresa von Paradise, concertista cega ensinou Louis Braille a tocar vários instrumentos musicais.
Após a morte dos seus pais e do seu amigo Haüy a escola transformou-se na sua casa. Ali passava muito tempo e aceitaram-no como professor.
Braille frequentava salões da época onde conheceu Alphonse Thibaud, conselheiro comercial do governo francês. Este perguntou-lhe porque não criava um método com o qual os cegos conseguissem ler e escrever.Esta pergunta ainda o fez empenhar-se mais e assim, passados três anos, o jovem Braille concluiu o código com pontos em relevo representados por letras.
Em 1829 foi publicada a primeira edição do livro para cegos e, em 1839 saiu a segunda edição. O sistema é constituído por seis pontos em duas filas verticais, no total de 63 sinais. Este é o modo de leitura para cegos em todo o mundo.
Braille, com vinte anos, começou a ser procurado pelos alunos da escola que lhe pediam lições sobre o novo sistema. O governo agradeceu-lhe por ter contribuído para o desenvolvimento da Ciência.
A 6 de Janeiro de 1852 Braille morreu. Só dois anos depois da sua morte o sistema foi reconhecido em França, após a sua amiga Teresa o exibir na exposição em Paris. Ao piano, pôde mostrar ao mundo como é que um cego pode aprender a ler e escrever.
Jornal Janela Aberta em Braille Ana Rita
DAMOS A PALAVRA AO PARLAMENTO DOS JOVENS
O programa “Parlamento dos Jovens” é uma iniciativa da Assembleia da República dirigida aos jovens do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário e que se desenvolve em várias fases. Na primeira fase, que se desenvolve na Escola, já decorreu o debate dos dois temas propostos para os dois níveis de ensino, a apresentação de listas e respectivas propostas de medidas e as eleições. Os debates foram levados a efeito no Cineteatro para todos os alunos do ensino secundário e para os alunos do 3.º ciclo, com a participação dos professores João Ribeiro e Maria Paula Félix e do Ex-vereador e Director do Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, professor Rui Neves, na impossibilidade da presença de um deputado da Assembleia da República. Da eleição decorrente da apresentação de apenas uma lista para o ensino básico obteve-se o seguinte resultado:
Lista A - 79,47 %
Para o ensino secundário apresentaram-se três listas, com as suas respectivas medidas, e os resultados da sua eleição foi o seguinte:
Lista B- - 48,59 %
Lista C- - 29,38 %
Lista A- - 19,77 %
De acordo com os resultados da eleição foram eleitos todos os deputados da lista única do ensino básico e nas listas do secundário foram eleitos os dez elementos da lista vencedora e oito e cinco deputados para as outras duas, respectivamente para a lista B, C e A.
Na segunda-feira decorreu a Sessão Escolar, com apresentação das medidas de cada lista, a aprovação de um Projecto de Recomendação da Escola e eleição dos respectivos representantes à sessão distrital e de um possível presidente da mesa, a apresentar-se para o casting de escolha na Sessão Distrital. Esta sessão escolar decorreu da mesma forma que uma sessão na Assembleia da República, pelo que teve um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.
O Presidente foi eleito entre os deputados, depois de tomada a sua posse. Este Presidente foi então o responsável pelo desenvolvimento das actividades, como o debate das medidas apresentadas por cada lista e respectivos pedidos de esclarecimento. Perante a apresentação das medidas das diversas listas houve fusão de algumas das medidas, estas e as restantes foram a votação. O resultado foi constituído pelas seguintes medidas, acompanhadas pelas respectivas fundamentações:
- Reestruturação das actividades existentes e implementação de outras no âmbito desportivo e/ou artístico, no currículo do Ensino Secundário;
- Uniformização do Ensino Secundário ao nível da União Europeia;
- Redução do número de alunos por turma.
Na votação para os dois deputados e o suplente à Sessão Distrital foram eleitos os alunos Ricardo Carreira, do 11.º Ano, Turma C2, e António Miguel Amaro do 12.º Ano, Turma C, sendo eleito para suplente Rui Rodrigues do 12.º Ano, Turma B.
Como candidata à presidência da mesa da Sessão Distrital foi eleita a aluna Noelma Raquel Frazão.
Professor João Ribeiro
DIA DE REIS
Origem do Dia de Reis – 6 de Janeiro
Segundo a religião cristã este é o dia em que os Reis Magos visitaram o menino Jesus.
Nessa visita ofereceram-lhe presentes:
- Ouro (oferecido por Belchior) que representava a Sua nobreza;
- Incenso (oferecido por Gaspar), a divindade de Jesus;
- Mirra (oferecido por Baltasar) que é uma erva amarga que representativa do sofrimento que Cristo enfrentaria na Terra.
Bolo - Rei
Claro que quando se fala em Dia dos Reis tem que se falar do bolo-rei.
As várias partes do bolo significam os presentes dos Reis Magos:
a côdea é o sinónimo do ouro;
os frutos secos e cristalizados simbolizam a mirra;
o aroma do bolo o incenso.
Dizia-se que os cristãos entre o Natal e o Dia dos Reis deviam comer 12 bolos-reis. Esta tradição era praticada nas cortes dos reis de França.
Até há poucos anos o bolo-rei tinha fava ou o brinde, quem a encontrasse pagaria o bolo no ano seguinte. Hoje, por razões higiénicas e de segurança, está proibida a inclusão destes brindes no interior do bolo.
Aqui vai a receita do Tradicional Bolo-Rei:
Ingredientes:
1 kg farinha
40 g fermento padeiro
1,5 dl leite
150 g açúcar
sumo e raspa de 1 laranja
1 cálice de vinho do Porto
125 g manteiga derretida
4 gemas
2 ovos
1 dl cerveja
200 g frutas cristalizadas
100 g frutos secos
farinha para polvilhar
banha para untar
ovo para pincelar
frutas cristalizadas para decorar
açúcar em pó para polvilhar
Preparação:
Coloque a farinha numa tigela, abra-lhe uma cavidade ao centro e deite aí o fermento previamente dissolvido no leite morno. Amasse bem, faça uma bola e deixe levedar (até duplicar de volume).
Junte o açúcar, o sumo e raspa de laranja, o vinho do Porto, a manteiga derretida, as gemas, os ovos inteiros e a cerveja. Amasse e bata bem a massa sobre uma mesa de mármore.
Misture os frutos na massa, forme uma bola, polvilhe com farinha e deixe levedar de novo.
Divida a massa em porções, sendo que 800 g de massa dão um bolo de cerca de 1 kg. Com cada porção faça uma bola e forme um bolo dando-lhe o feitio tradicional.
Coloque os bolos em tabuleiros untados com banha, pincele-os com ovo e decore-os com frutos cristalizados e montinhos de açúcar em pó.
Leve-os a cozer cerca de 50 minutos, em forno a 170 graus. Verifique se estão cozidos antes de retirar do forno.
Bom Apetite!
Luísa e Francisca